Muitas pessoas perguntam-me " Cusca, como é que consegues ser tão racional?". Bem...desengane-se quem pensar assim, não sou assim tanto.
Sou, sim, uma pessoa de temperamento forte, muitas vezes irascível, que quando se chateia leva tudo à frente. Então, porque é que tantas vezes me julgam calma e racional, fria até? Simples. Porque sei construir uma casa.
Tiveram um momento "wtf?!", mas eu passo a explicar:
No inicio da minha relação comigo mesma, nós não nos dávamos muito bem. Eu e a minha cabeça, o desgraçado do coração, o tempestuoso temperamento, as emoções descontroladas...bem, andávamos todos de costas voltadas, amuados, a fazer birras, a ver quem ganhava. Era difícil conviver com tantos Eu's, tantas forças a puxarem para tantos lados, até que um dia percebi que tinha de morar com esta malta toda, e que não tinha escolha senão domá-los.
Decidi construir a minha casa : a casa da minha estrutura mental e emocional onde aprenderia a lidar com todos os impulsos e repulsas que me constituíam. Sabem o que fiz? Como qualquer bom construtor, distribuí tarefas.
Cabeça : decidi que ia usar o meu lado racional para estudar, para aprofundar conhecimentos práticos (meditação, coaching, terapia) que me permitissem criar um plano para construir a casa que queria para mim;
Coração: fui buscar os meus sonhos, segui-o até onde queria estar, usei-o para escolher as pessoas que queria convidar para esta minha casa, aprendi a ouvi-lo juntamente com a sua colega de trabalho, a cabeça, e percebi que quando os dois estão em sintonia, formam a música perfeita;
Temperamento: daqui tirei a minha força, os tijolos das paredes e as vigas do tecto, aprendi a controlá-lo e a direccioná-lo. Transformou-se na minha força de trabalho, a ferramenta que usava para deitar muros que me prendiam abaixo, apanhar as pedras que daí sobravam, e construir novas paredes, mais fortes e à minha medida;
Emoções: foram a argamassa e o colorido da construção. Algumas emoções mais tóxicas? Ora bem, toda a casa precisa de esgoto... as bonitas, positivas, de melhoria, usei entre os tijolos do temperamento para o amaciar,para o moldar.
Enchi esta casa de mim, de tudo o que fui, sou e serei. Nesta casa eu sou a única moradora permanente e escolho quem convido para entrar, mas cabe-me sempre a mim e só a mim melhorar esta casa...afinal de contas que sentido faz pedir a um convidado para andar a limpar paredes e emendar frechas?
Às vezes cai um pouco de estuque, sujo o chão todo, esfrangalho a mobília. Mas contínua a ser a minha casa, a da minha alma. E a vossa, de quem é?
Sou, sim, uma pessoa de temperamento forte, muitas vezes irascível, que quando se chateia leva tudo à frente. Então, porque é que tantas vezes me julgam calma e racional, fria até? Simples. Porque sei construir uma casa.
Tiveram um momento "wtf?!", mas eu passo a explicar:
No inicio da minha relação comigo mesma, nós não nos dávamos muito bem. Eu e a minha cabeça, o desgraçado do coração, o tempestuoso temperamento, as emoções descontroladas...bem, andávamos todos de costas voltadas, amuados, a fazer birras, a ver quem ganhava. Era difícil conviver com tantos Eu's, tantas forças a puxarem para tantos lados, até que um dia percebi que tinha de morar com esta malta toda, e que não tinha escolha senão domá-los.
Decidi construir a minha casa : a casa da minha estrutura mental e emocional onde aprenderia a lidar com todos os impulsos e repulsas que me constituíam. Sabem o que fiz? Como qualquer bom construtor, distribuí tarefas.
Cabeça : decidi que ia usar o meu lado racional para estudar, para aprofundar conhecimentos práticos (meditação, coaching, terapia) que me permitissem criar um plano para construir a casa que queria para mim;
Coração: fui buscar os meus sonhos, segui-o até onde queria estar, usei-o para escolher as pessoas que queria convidar para esta minha casa, aprendi a ouvi-lo juntamente com a sua colega de trabalho, a cabeça, e percebi que quando os dois estão em sintonia, formam a música perfeita;
Temperamento: daqui tirei a minha força, os tijolos das paredes e as vigas do tecto, aprendi a controlá-lo e a direccioná-lo. Transformou-se na minha força de trabalho, a ferramenta que usava para deitar muros que me prendiam abaixo, apanhar as pedras que daí sobravam, e construir novas paredes, mais fortes e à minha medida;
Emoções: foram a argamassa e o colorido da construção. Algumas emoções mais tóxicas? Ora bem, toda a casa precisa de esgoto... as bonitas, positivas, de melhoria, usei entre os tijolos do temperamento para o amaciar,para o moldar.
Enchi esta casa de mim, de tudo o que fui, sou e serei. Nesta casa eu sou a única moradora permanente e escolho quem convido para entrar, mas cabe-me sempre a mim e só a mim melhorar esta casa...afinal de contas que sentido faz pedir a um convidado para andar a limpar paredes e emendar frechas?
Às vezes cai um pouco de estuque, sujo o chão todo, esfrangalho a mobília. Mas contínua a ser a minha casa, a da minha alma. E a vossa, de quem é?
O Gustavo Santos não diria melhor :P
ResponderEliminarPois não!e é bem pago para não dizer melhor.
EliminarObrigada pela comparação :p que elogio