Dou 5 segundos para acalmarem a mente e recuperarem o foco.
...
Já está?! Boa!
Portanto, estou a referir-me a sapos. Engolir sapos.
Engolir aquelas palavras amargas que nos lançam e às quais damos respostas no mesmo tom ácido. Engolir discordâncias que nos apertam todos os botões dos nossos valores mais íntimos. Engolir faltas de respeito que nos fazem saltar a tampa... Bem, engolir em geral aquele bolo que nos fica entalado na garganta dos nossos sentimentos e convicções. É sobre isso que estou a falar.
Sinto que vivemos numa sociedade que estimula a ideia do "eu cá não engulo sapos", e eu compreendo, no entanto será que por vezes não estamos a tornar o sapo maior do que ele é? Ou pior... será que esperamos que os outros engulam os nossos sapos, sem querer, nós mesmos, engolir os dos outros?
Vejamos...
- As palavras amargas que nos lançam, se as lançarmos de volta, o que ganhamos com isso? Um toma-lá-dá-cá de ofensas e discussões. Todo um molho ácido e azedo de agressões. Talvez se guardarmos o sapo e tentarmos apaziguar a luta, cheguemos mais longe.
- As discordâncias com os nossos valores, quando nos afectam no âmago da nossa moralidade...bem...na realidade não passam disso: nossos valores, nossa moralidade. Não podemos impor que sejam os dos outros. Talvez se guardarmos o sapo e tentarmos expressar a nossa opinião construtivamente, cheguemos mais longe.
- As faltas de respeito que nos fazem saltar a tampa, essas tramadas, deixam uma pergunta: quantas vezes dizem às pessoas qual é a medida e resistência da vossa tampa? Pois... talvez poucas, talvez não as bastantes... e de qualquer das formas a melhor forma de lidar com o desrespeito é desvalorizar, valorizando e afirmando o nosso valor próprio. Talvez se guardarmos o sapo e tentarmos perceber que nem a avaliação nem os comportamentos externos nos definem, cheguemos mais longe.
Vivemos tempos raivosos. Tempos em que a reivindicação dos direitos não cresce proporcionalmente ao cumprimento dos deveres. Achamos que não temos de suportar nada de ninguém... E realmente não temos, mas também não temos de encarar tudo como uma luta constante por uma emancipação e uma valorização que tem de vir de dentro para fora e não o inverso. Isso de lutar contra sombras e coisas que não podemos mudar (porque não estão em nós) é simplesmente cansativo.
Há que escolher bem as nossas guerras. Se isso significa engolir uns quantos sapos pelo caminho?! Provavelmente sim. E como? Bem... com um bom tempero de tolerância, amor ao próximo e confiança nos outros e acima de tudo em nós*.
* Se o sapo realmente for "ingulivel"... ponham na borda do prato, não o engulam...mas será mesmo necessário mandá-lo de volta ou para cima das outras pessoas?...Hum...acho que não.
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Já está?! Boa!
Portanto, estou a referir-me a sapos. Engolir sapos.
Engolir aquelas palavras amargas que nos lançam e às quais damos respostas no mesmo tom ácido. Engolir discordâncias que nos apertam todos os botões dos nossos valores mais íntimos. Engolir faltas de respeito que nos fazem saltar a tampa... Bem, engolir em geral aquele bolo que nos fica entalado na garganta dos nossos sentimentos e convicções. É sobre isso que estou a falar.
Sinto que vivemos numa sociedade que estimula a ideia do "eu cá não engulo sapos", e eu compreendo, no entanto será que por vezes não estamos a tornar o sapo maior do que ele é? Ou pior... será que esperamos que os outros engulam os nossos sapos, sem querer, nós mesmos, engolir os dos outros?
Vejamos...
- As palavras amargas que nos lançam, se as lançarmos de volta, o que ganhamos com isso? Um toma-lá-dá-cá de ofensas e discussões. Todo um molho ácido e azedo de agressões. Talvez se guardarmos o sapo e tentarmos apaziguar a luta, cheguemos mais longe.
- As discordâncias com os nossos valores, quando nos afectam no âmago da nossa moralidade...bem...na realidade não passam disso: nossos valores, nossa moralidade. Não podemos impor que sejam os dos outros. Talvez se guardarmos o sapo e tentarmos expressar a nossa opinião construtivamente, cheguemos mais longe.
- As faltas de respeito que nos fazem saltar a tampa, essas tramadas, deixam uma pergunta: quantas vezes dizem às pessoas qual é a medida e resistência da vossa tampa? Pois... talvez poucas, talvez não as bastantes... e de qualquer das formas a melhor forma de lidar com o desrespeito é desvalorizar, valorizando e afirmando o nosso valor próprio. Talvez se guardarmos o sapo e tentarmos perceber que nem a avaliação nem os comportamentos externos nos definem, cheguemos mais longe.
Vivemos tempos raivosos. Tempos em que a reivindicação dos direitos não cresce proporcionalmente ao cumprimento dos deveres. Achamos que não temos de suportar nada de ninguém... E realmente não temos, mas também não temos de encarar tudo como uma luta constante por uma emancipação e uma valorização que tem de vir de dentro para fora e não o inverso. Isso de lutar contra sombras e coisas que não podemos mudar (porque não estão em nós) é simplesmente cansativo.
Há que escolher bem as nossas guerras. Se isso significa engolir uns quantos sapos pelo caminho?! Provavelmente sim. E como? Bem... com um bom tempero de tolerância, amor ao próximo e confiança nos outros e acima de tudo em nós*.
* Se o sapo realmente for "ingulivel"... ponham na borda do prato, não o engulam...mas será mesmo necessário mandá-lo de volta ou para cima das outras pessoas?...Hum...acho que não.
Digamos que às vezes engulo, às vezes não. Não sou de comer e calar, mas às vezes tem de ser, para não alimentar discussões sem propósito e perdas do meu tempo.
ResponderEliminarMas algumas vezes as pessoas têm de levar respostas... senão ficam a achar-se donas da razão, todas emproadas, e da próxima vez o sapo é ainda maior. Há, como dizes, que escolher as guerras e ser inteligente na gestão dos sapos.
Exacto :) saber escolher onde investir às nossas energias é mesmo mt importante.
EliminarOra, eu não os engulo, mas também não os atiro de volta... quer um quer outro implicam violência com o pobre animal, e eu sou total e completamente contra ;)
ResponderEliminarAgora num tom mais sério, realmente não faço nenhuma delas. Deixo-o livre para seguir a vida dele. Quanto a quem mo atirou, depende. Há os que me são totalmente indiferentes e nesse caso, não perco o meu tempo ou boa disposição. Aqueles por quem nutro simpatia, têm direito a ouvir, de forma calma, o meu ponto de vista. Que não passa disso mesmo, uma perspectiva, e como tal, nunca será uma verdade absoluta.
És uma sabia senhora! :D
EliminarOu então...já diz o ditado : Sapos no caminho?! Guardo todos! Um dia vou construir um lago de nenúfares e eles ficam lá bem para caneco"
Ahahaha, é pelo ditado, claramente!
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