Joãozinho, o que queres ser quando fores grande?
- Eu quero ser jogador de futebol e marcar muitos golos!
E tu Maria, o que queres ser quando fores grande?
- Eu quero ser professora e ensinar os meninos!
Passam-se 20 anos e o Joãozinho trabalha num call center a vender seguros e a Maria realmente é professora mas apenas no papel, na prática a última vez que entrou numa escola foi quando terminou a faculdade.
Atenção, não tenho nada contra call centers, pelo contrário, ajudaram-me a ter meios para estudar, meios de sobreviver e meios de crescer profissionalmente! E quanto à Maria, sei bem que aquilo que refiro não foi, muito provavelmente, escolha dela.
Temos a geração mais qualificada de sempre, num país em que o empreendedorismo jovem se destaca, no entanto, quando entro no autocarro, apenas vejo caras com marcas de almofada, cabisbaixamente ignorando-se umas às outras. Descobri porquê!
Estão prontos?
PORQUE NÃO GOSTAM DO QUE FAZEM.
Poderia dizer que é falta de dinheiro, mas não acredito que seja. Vejo iPhone nas mãos e olhos tristes na face.
Poderia dizer que é mal-de-amor, mas não acredito que seja. Às vezes estão de mãos dadas, falando de quanto odeiam ir trabalhar.
Poderia dizer que é saúde, mas não acredito que seja. Estão coradinhos de raiva de ter de apanhar o autocarro todas as manhãs e os perdigotos que lhes saltam parecem-me sadios.
Acho que é mesmo a insatisfação profissional que lhes tira o brilho dos olhos. Mais de 8 horas por dia de frustração e desilusão a multiplicar pelos anos que se tem de esperar pela reforma dá nisso.
A dura realidade é que temos de trabalhar, muitas vezes em coisas que nem sonhávamos (nos piores pesadelos) que íamos fazer. Outras vezes até fazemos aquilo para que estudámos, mas a realidade da profissão não se adequa às miragens românticas que tínhamos quando nos inscrevemos no curso. No entanto, temos de trabalhar.
Como curar esta maleita então? Fica a dica.
Provavelmente não podes mudar de emprego, ou na realidade não queres tanto assim, apenas querias ser mais feliz no teu dia a dia e isso ferve-te a alma. Tens uma solução: sonha com o que queres concretizar, elabora um plano concreto, pensa em quanto tempo tens de dedicar para investires no que amas, cria parcerias, pensa bem no que queres, investe o tempo que passas a queixar-te em formações, em novas ideias. Aproveita o vencimento que tens, valoriza cada tostão, aplica esse tostão em ti. Até podes fazer um esforço para amares o que fazes, o suficiente para que seja uma mais valia na tua aprendizagem. Ou não, podes lançar tudo às urtigas e correr o risco.
Seja como for, investe mais em ti. Adapta-te e transforma-te. Sonha com quem sonha contigo, queixa-te a quem te deves queixar, mas procura soluções: senão vais ser só um queixinhas e ninguém gosta disso, certo?
REALIZA-TE.
- Eu quero ser jogador de futebol e marcar muitos golos!
E tu Maria, o que queres ser quando fores grande?
- Eu quero ser professora e ensinar os meninos!
Passam-se 20 anos e o Joãozinho trabalha num call center a vender seguros e a Maria realmente é professora mas apenas no papel, na prática a última vez que entrou numa escola foi quando terminou a faculdade.
Atenção, não tenho nada contra call centers, pelo contrário, ajudaram-me a ter meios para estudar, meios de sobreviver e meios de crescer profissionalmente! E quanto à Maria, sei bem que aquilo que refiro não foi, muito provavelmente, escolha dela.
Temos a geração mais qualificada de sempre, num país em que o empreendedorismo jovem se destaca, no entanto, quando entro no autocarro, apenas vejo caras com marcas de almofada, cabisbaixamente ignorando-se umas às outras. Descobri porquê!
Estão prontos?
PORQUE NÃO GOSTAM DO QUE FAZEM.
Poderia dizer que é falta de dinheiro, mas não acredito que seja. Vejo iPhone nas mãos e olhos tristes na face.
Poderia dizer que é mal-de-amor, mas não acredito que seja. Às vezes estão de mãos dadas, falando de quanto odeiam ir trabalhar.
Poderia dizer que é saúde, mas não acredito que seja. Estão coradinhos de raiva de ter de apanhar o autocarro todas as manhãs e os perdigotos que lhes saltam parecem-me sadios.
Acho que é mesmo a insatisfação profissional que lhes tira o brilho dos olhos. Mais de 8 horas por dia de frustração e desilusão a multiplicar pelos anos que se tem de esperar pela reforma dá nisso.
A dura realidade é que temos de trabalhar, muitas vezes em coisas que nem sonhávamos (nos piores pesadelos) que íamos fazer. Outras vezes até fazemos aquilo para que estudámos, mas a realidade da profissão não se adequa às miragens românticas que tínhamos quando nos inscrevemos no curso. No entanto, temos de trabalhar.
Como curar esta maleita então? Fica a dica.
Provavelmente não podes mudar de emprego, ou na realidade não queres tanto assim, apenas querias ser mais feliz no teu dia a dia e isso ferve-te a alma. Tens uma solução: sonha com o que queres concretizar, elabora um plano concreto, pensa em quanto tempo tens de dedicar para investires no que amas, cria parcerias, pensa bem no que queres, investe o tempo que passas a queixar-te em formações, em novas ideias. Aproveita o vencimento que tens, valoriza cada tostão, aplica esse tostão em ti. Até podes fazer um esforço para amares o que fazes, o suficiente para que seja uma mais valia na tua aprendizagem. Ou não, podes lançar tudo às urtigas e correr o risco.
Seja como for, investe mais em ti. Adapta-te e transforma-te. Sonha com quem sonha contigo, queixa-te a quem te deves queixar, mas procura soluções: senão vais ser só um queixinhas e ninguém gosta disso, certo?
REALIZA-TE.
Ahhhhh eu bem queria parar de ser queixinhas mas não consigo. Isto de não ter pais ricos e ter empréstimos à habitação, zero dinheiro guardado (porque não chega), e ainda dar o pouco que sobra a instituições deixa-me carequinha de opções.
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