Considero a Mulher o Ser mais esplêndido e inexplicavelmente fantástico que existe. Defenderia que não só somos o Sexo Mais Forte como também o Mais Belo e o Maior Feito da Natureza. Dito isto peço a todas as Mulheres do Mundo: parem de se vitimizar.
Fui criada com modelos de mulheres fortes, mulheres-furacão, mulheres-revolta, mulheres-fogo...e percebi que no meio das pancadas e das rudezas, das quinas bicudas das suas personalidades, havia algo nelas que me cheirava a Imortalidade: mesmo no meio das suas tempestades, eram um barco quebrável mas indobrável. Estas mulheres eram (são) árvores, com raízes que abalroam estradas e criam fendas em casas emocionais mais frágeis. São como aquela pontinha de rocha, na beira do precipício, que temos sempre medo que ceda e nos deixe cair, mas que tantas vezes nos salva a vida.
Não se vitimizavam. Não precisavam de ter os mesmos direitos dos homens, porque sabem que ser Mulher é ser MAIS! e não igual. Carregavam nos ombros tanto o trabalho horas a fio na terra, como os filhos às costas. E mesmo aquelas que trabalhavam de manicures feitas, agradando a todos, se revelavam feras destemidas em momentos de aperto.
Cansa-me a vitimização de um Ser tão forte. Cansa-me que tenham tantas lutado tanto para que agora continuemos a focar as energias no que não temos, não fazemos, ou não somos. Cansa-me ver mulheres apagadas à força da ideia de famílias à moda antiga, quando todas elas gritam EU e não NÓS. Cansa-me também ver tantas negar o NÓS, porque acham que ser mulher agora, na modernice dos tempos é ser só EU.
Custa-me que tantas vezes se associe o Feminismo à negação: negar que alguém mande em mim, negar que alguém decida por mim, negar que me minimizem, negar que me neguem; e não à aceitação: aceitar que às vezes tenho de ser humilde, aceitar que às vezes é bom largar o leme e ser comandada, aceitar que tudo o que é fantástico nasce de coisas pequenas, aceitar que vai haver quem me negue e que não serei menos por isso.
Feminina e feminista para mim tanto é a dona de casa que não tem qualquer outra ambição senão criar os seus filhos da melhor forma que sabe, dedicando-lhes toda a sua energia e felicidade, como a mulher que não quer ter filhos e que se dedica à carreira, sem temer o julgamento da frase "então? Já casaste?".
Feminina e feminista tanto é a mulher que manda tudo às urtigas, em tumultuosos humores, quando oprimida, como a mulher que se submete a coisas a que tão libertinamente costumamos jogar um maldizente (e tóxico) "havia de ser comigo!".
Não acredito que tanto se tenha lutado para ser igual nem aos homens nem às outras mulheres...acredito que se lutou para se poder ter a escolha de ser diferente.
Acredito que se lutou para quebrar espartilhos e flexibilizar as nossas vidas. Para podermos escolher entre a tradição e a modernidade. Para podermos errar. Para podermos falhar redondamente e pecar e recomeçar e estilhaçar e reconstruir. Para sermos Donas da nossa sexualidade e não para a dar ao desbarato ou para até a dar ao desbarato se bem entendermos! Para sermos responsabilizadas pelas nossas escolhas e não vitimas de um mau Fado qualquer que pelas costas nos cai. Acredito até que lutámos para podermos escolher se queremos sequer escolher!
Somos Interminavelmente Poderosas se percebermos que não temos de forçar Sê-lo se já o Somos.
ACEITAÇÃO: PRECISA-SE.
Fui criada com modelos de mulheres fortes, mulheres-furacão, mulheres-revolta, mulheres-fogo...e percebi que no meio das pancadas e das rudezas, das quinas bicudas das suas personalidades, havia algo nelas que me cheirava a Imortalidade: mesmo no meio das suas tempestades, eram um barco quebrável mas indobrável. Estas mulheres eram (são) árvores, com raízes que abalroam estradas e criam fendas em casas emocionais mais frágeis. São como aquela pontinha de rocha, na beira do precipício, que temos sempre medo que ceda e nos deixe cair, mas que tantas vezes nos salva a vida.
Não se vitimizavam. Não precisavam de ter os mesmos direitos dos homens, porque sabem que ser Mulher é ser MAIS! e não igual. Carregavam nos ombros tanto o trabalho horas a fio na terra, como os filhos às costas. E mesmo aquelas que trabalhavam de manicures feitas, agradando a todos, se revelavam feras destemidas em momentos de aperto.
Cansa-me a vitimização de um Ser tão forte. Cansa-me que tenham tantas lutado tanto para que agora continuemos a focar as energias no que não temos, não fazemos, ou não somos. Cansa-me ver mulheres apagadas à força da ideia de famílias à moda antiga, quando todas elas gritam EU e não NÓS. Cansa-me também ver tantas negar o NÓS, porque acham que ser mulher agora, na modernice dos tempos é ser só EU.
Custa-me que tantas vezes se associe o Feminismo à negação: negar que alguém mande em mim, negar que alguém decida por mim, negar que me minimizem, negar que me neguem; e não à aceitação: aceitar que às vezes tenho de ser humilde, aceitar que às vezes é bom largar o leme e ser comandada, aceitar que tudo o que é fantástico nasce de coisas pequenas, aceitar que vai haver quem me negue e que não serei menos por isso.
Feminina e feminista para mim tanto é a dona de casa que não tem qualquer outra ambição senão criar os seus filhos da melhor forma que sabe, dedicando-lhes toda a sua energia e felicidade, como a mulher que não quer ter filhos e que se dedica à carreira, sem temer o julgamento da frase "então? Já casaste?".
Feminina e feminista tanto é a mulher que manda tudo às urtigas, em tumultuosos humores, quando oprimida, como a mulher que se submete a coisas a que tão libertinamente costumamos jogar um maldizente (e tóxico) "havia de ser comigo!".
Não acredito que tanto se tenha lutado para ser igual nem aos homens nem às outras mulheres...acredito que se lutou para se poder ter a escolha de ser diferente.
Acredito que se lutou para quebrar espartilhos e flexibilizar as nossas vidas. Para podermos escolher entre a tradição e a modernidade. Para podermos errar. Para podermos falhar redondamente e pecar e recomeçar e estilhaçar e reconstruir. Para sermos Donas da nossa sexualidade e não para a dar ao desbarato ou para até a dar ao desbarato se bem entendermos! Para sermos responsabilizadas pelas nossas escolhas e não vitimas de um mau Fado qualquer que pelas costas nos cai. Acredito até que lutámos para podermos escolher se queremos sequer escolher!
Somos Interminavelmente Poderosas se percebermos que não temos de forçar Sê-lo se já o Somos.
ACEITAÇÃO: PRECISA-SE.
Imagem retirada do Google |
Concordo com a força, concordo com a escolha e concordo com a aceitação, mas confesso que tenho muitas dificuldades com a vitimização. Seja de mulheres ou de homens. O "coitadinho/a" mexe-me com os nervos. Isso e o não assumir de responsabilidades. A culpa ser sempre de outros, da vida, de tudo e de nada. Desperta a minha vontade de afinfar uns bons pares de estalos e... lá se vai a aceitação.
ResponderEliminarÉ isso mesmo. Se trocassem as lágrimas pelas mangas arregaçadas...em vez de vítimas eram conquistadoras(es).
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCusta-me ver tanta mulher por aí escondida por trás de um véu de "fraqueza" relativamente ao homem, mulheres que fazem porque é bonito, porque a sociedade o pede, porque sao pressionadas, porque o homem diz, ou porque as outras fazem também. Ser mulher por si só é revolucionário, é belo, e tenho pena que muitas não encontrem isso dentro de si. Bom texto, dá-lhe! ;)
Eliminar"Ser mulher por si só é revolucionário" - mesmo!é uma grande verdade.
EliminarObrigada :D