Avançar para o conteúdo principal

Há cenas que me irritam!

E não são muitas, nem poucas, são bastantes! E nesse sentido, decidi fazer uma análise: o que é que me irrita mesmo? O que é que me faz ranger os dentes e cerrar os punhos? O que é que me deixa o coração palpitante and not in a good way?

Enumerei logo "trilhentas" coisas que me tiram do sério, mas claro que, no sentido de melhoria, tive de perguntar: e porque é que isso te irrita tanto?

Ora vejamos uns exemplos:

Pessoas que falam alto demais - será que calo demasiadas vezes a minha voz, deixando os meus pensamentos perdidos em suspiros?

Pessoas que me interrompem enquanto falo - será que poderia afirmar-me mais e melhor, respeitando e sendo merecedora de respeito?

Pessoas que discutem muito - será que procuro entender o Outro e fazer-me entender, resistindo à tentação do "se tu gritas eu grito também"?

Pessoas inconstantes e sem foco - será que sei, mesmo, profundamente, qual é o meu caminho e quem escolho para o percorrer comigo?

... ... ...

Será que me irrito com o Outro, ou Comigo? Nem sempre é fácil saber...mas talvez valha a pena pensar se aquilo que criticamos nas outras pessoas não será um espelho de algo que em nós mesmos temos de melhorar - nem que seja a infinita arte da Paciência e do Perdão! - e melhorar, e melhorar...

Serei eu tudo o que mereço ser para mim e para os outros? Estarei a irritar-me com as minhas próprias lacunas? Assertividade, Autocontrole, Foco, Flexibilidade, Compromisso, Tolerância, Comunicação Positiva... Como estão estas competências? Se as exijo ao Mundo, será que consigo dá-las ao Mundo? Se a vida é um Eco, estarei eu a transmitir o que quero receber?

Dá que pensar. Com toda a certeza temos, dentro de nós, a solução.
Imagem retirada do Google





Comentários

Mensagens populares deste blogue

Não Quero Ser Feliz.

A Felicidade transformou-se num bem de consumo. Capitaliza-se a palavra, como se fosse uma marca. Coloca-se o Ser Feliz na vitrine das redes sociais e nas estantes do mercado de bairro da moda, no rótulo de tudo o que nos impingem para comprar. Feliz é quem mostra amostras de Felicidade barata, lowcost, com filtros Pop. Ora, então, não quero Ser Feliz. A Felicidade vem em pacotes. Vem de avião na foto da praia #blessed . Dizem até que a Felicidade vem nos pratos de comida, como acompanhamento, entre as batatas e o arroz. Vejo a Felicidade por aí, espalhada, dispersa em Feminismos #beyourself , lado a lado com a mesma Felicidade que diz que ser fit é que é, porque os magros são Felizes... mas os gordos também...porque se aceitam...fazem bem...mas eu vou para o ginásio tirar umas selfies no espelho #workhardplayhard ... mas ser gordo é Ser Feliz, se partilharmos fotografias das estrias e da celulite... Senão não é Ser Feliz, é só ser gordo. Ora, então, não quero Ser Feliz. A Felicidade...

Sobre o Caso Ronaldo

Quem me conhece sabe que não sou uma Feminista. Posso até parecer, por considerações do público geral, mas não sou nem me considero. Sou, sim, indubitavelmente Humanista e muito orgulhosa de ser Mulher. Não aceito o conceito de sexo fraco e muito menos a sensação de impotência que muitas vezes vem associada à palavra " vítima ". Não defendo quem acha que todo o flirt é assédio, nem uso tshirts com hashtags porque para mim cada caso é um caso e tornar um acontecimento numa tendência e uma tendência numa certeza absoluta nunca levou nada a lado nenhum que representasse uma real e profunda mudança de comportamentos.  Nunca como hoje se falou tanto de violência sexual, mas apesar de nos inícios dos movimentos sociais que por aí andam, como uma onda de mudança, tanta coisa boa e válida se ter dito, parece que agora novas marés trazem lixo generalista , daquele que envenena as boas causas. Isto dito, espero que não surjam equívocos sobre o que vou falar. Do caso em si p...

Sobre o Casamento e a Maternidade (parte 2)

Ui... agora é que o caso se torna mais grave... Se escolher não casar já causa celeumas diversas, escolher não ter filhos eleva as discussões a um nível mais profundo. Luta pelo direito a frequentar os mesmos espaços que os homens, luta pelo direito ao voto, luta pela igualdade de direitos e condições de trabalho, luta, inclusive, pelo direito de poder escolher continuar ou terminar uma gravidez, mas e então a luta pelo direito de escolher não ter filhos sem sofrer represálias sociais ou familiares? É sobre essa que falamos hoje. A sociedade programa as mulheres para viverem no limbo entre a emancipação e a tradição. Exige de nós que sejamos suficientemente independentes para alimentarmos a economia, ao mesmo tempo que exige que continuemos a ser as principais cuidadoras do lar e das crianças. Mulher que cuida da casa e do marido é quadrada, antiquada, mas mulher que não passa a ferro e não cozinha é quase inútil. Mulher que trabalha muito é má mãe, mulher que não trabalha é pre...